OLIVEIRA
Árvore de médio porte que pode alcançar 15 m de altura, ocorrendo por vezes na forma arbustiva; apresenta uma copa ampla e um tronco grosso, com ritidoma cinzento, fendilhado-reticulado.
Ramos cinzentos, cobertos por escamas de pequenas dimensões. Folhas decussadas, simples e inteiras, lanceoladas a obovadas, mucronadas, com 2 a 8 cm de comprimento e 0,5 a 1,2 cm de largura, subsésseis, coriáceas, verde-acinzentado-escuras e glabras na página superior, cinzento-esbranquiçadas e densamente escamulosas na página inferior. Flores hermafroditas ou poligâmicas, reunidas em panículas axilares, com um cálice dividido em 4 dentes ou lobos curtos, corola de cor branca, sub-rodada, dividida em 4 lobos levemente mais compridos do que largos. Estames com anteras de grandes dimensões e filetes curtos. Drupa oleaginosa, de 1 a 3,5 cm de longitude e 0,6 a 2 cm de largura, elipsóide a subglobosa, de cor verde quando jovem tornando-se negra, verde-acastanhada ou raramente ebúrnea após maturação.
A oliveira é fundamentalmente cultivada para extracção do azeite dos seus frutos. Este produto é especialmente importante na alimentação das populações mediterrânicas. A colheita das azeitonas é efectuada à mão, passando os ramos por entre os dedos, ou varejando-os (actualmente através de processos mecânicos) e recolhendo as azeitonas no solo sobre plásticos. As diversas dificuldades associadas à colheita dos frutos da oliveira levam à utilização de outras plantas oleaginosas (e.g. girassol) com óleo de menor qualidade, em detrimento desta.
As azeitonas podem também ser preparadas para consumo. Para isso são submetidas a um processo que tem como objectivo a remoção, total ou parcial, do seu sabor amargo. O processo de tratamento dos frutos varia grandemente, de acordo com os métodos aplicados, tendo como resultado uma grande variedade de azeitonas. Esta diversidade de produtos também é resultado dos diferentes métodos utilizados consoante a região e a plantas aromáticas utilizadas na preparação.
O azeite virgem (o primeiro a ser extraído), além de muito apreciado na alimentação, é aplicado medicinalmente como medicamentos, pelas suas propriedades colagogas e laxantes. É ainda largamente utilizado na indústria de cosméticos e sabões.
As folhas são aplicadas medicinalmente na diminuição da pressão sanguínea, propriedade que parece dever-se a um heterósido amargo, a oleuropeína. Apresentam ainda propriedades hipogluceminantes, e eram antigamente utilizadas, pelo seu sabor amargo, como tónico e febrífugo.
A oliveira é ainda muito apreciada como planta ornamental. A sua madeira é muito dura e compacta, de textura fina e de grande densidade, apresentando desta forma qualidades muito apreciadas. É ainda um excelente combustível e é adequada para produção de carvão.
Os ramos de oliveira simbolizam a Paz. Esta planta apresentou um grande valor na antiguidade, encontrando-se associada aos jogos olímpicos, nos quais os vencedores eram coroados com ramos desta planta. O azeite extraído era frequentemente utilizado em cerimónias religiosas.
FONTES: http://sig.serralves.pt/pt/flora/detalhe.php?id=951 ; https://jb.utad.pt/especie/Olea_europaea_subesp_europaea_var_sylvestris
OLIVEIRAS EM RIO TINTO
(Olea europaea)
Nº da árvore | Localização | Latitude | Longitude | Data da plantação |
00125 | Largo do Mosteiro | 41.177653 | -8.559185 | Desconhecida |
00131 | Rua S. Cristóvão | 41.177905 | -8.558560 | Desconhecida |
00132 | Rua S. Cristóvão | 41.177843 | -8.558470 | Desconhecida |
00133 | Rua S. Cristóvão | 41.177777 | -8.558424 | Desconhecida |