Objetivo da proposta: Cuidar do passadiço e da qualidade do rio, de forma a garantir a segurança e lazer de quem usufrui do mesmo.

PROPOSTA EXCLUÍDA

Destinatários: População de Rio Tinto que usufrui do passadiço da Levada.

Descrição: O passadiço da Levada é um bem para a população de Rio Tinto, pois constitui um local de passeio, lazer e exercício para os residentes, permitindo assim um melhoramento da saúde das pessoas e o contacto com a natureza. Devido à passagem do tempo e, principalmente, às fortes chuvas do mês de janeiro de 2024, a qualidade do passadiço ficou afetada. As infraestruturas ao longo do mesmo, como muros, pontes e margens, ficaram danificados, sendo que em certos pontos podem estar em risco de ruir e, deste modo, constituem uma ameaça para a segurança de quem usufrui do passadiço.   Para além do dano que estas infraestruturas estão a sofrer, o rio encontra‐se também bastante poluído com lixo. Este constitui um impacto visual negativo para quem passeia, para além de que ameaça os animais que usam o rio, tais como a garça‐real e o guarda‐rios. A primeira parte desta proposta centra‐se na realização de uma avaliação e posterior restauro, por profissionais, das estruturas acima mencionadas que se encontrem danificadas ao longo dos cerca de 3 Km de rio que vão desde a estação de metro da Levada até ao Parque Oriental da Cidade do Porto.   No que toca ao restauro dos muros sugere‐se que, em pontos estratégicos e em que tal faça sentido, se facilite o acesso de vida silvestre ao rio desde a margem. Este acesso pode contribuir para um aumento da biodiversidade, mas mais importante, pode facilitar a existência de anfíbios. Estes animais funcionam como controlo natural dos mosquitos, uma vez que se alimentam de insetos. A maneira como os muros estão construídos atualmente dificulta a entrada, e principalmente, a saída de anfíbios para o mesmo, uma vez que não existe um declive. 

O segundo ponto passa pela limpeza e prevenção de poluição do rio. Para tal propõem‐se: Realização de sessões de limpeza do rio de forma periódica, a definir, por operacionais que estejam ao dispor da Junta de Freguesia de Rio Tinto e/ou Câmara de Gondomar. De realçar também que estas limpezas deverão ser realizadas quando a corrente do rio não se encontre forte (fora de épocas de chuvas intensas); Os operacionais deverão também ser instruídos na correta recolha, classificação e separação de resíduos. Esta formação tornará os operacionais mais bem preparados para esta tarefa. Mais se adianta que, havendo forma de pesar os resíduos, estes dados poderiam ser interessantes de disponibilizar à população uma vez que poderia ser um incentivo para o ato cívico de não poluir, para além de serem dados que possam ser usados em estudos e/ou campanhas de sensibilização cívica e ambiental. Ex: “Na limpeza realizada no rio Tinto, em x metros de troço do rio recolheram‐se 13 kg de plástico, 15 de metal, etc.“ De destacar que a cada operacional deve ser dado o material necessário para esta tarefa ser realizada da forma mais segura e ordeira possível: sacos de diferentes cores para recolha e separação dos resíduos, luvas, botas de água e/ou waders de pesca, máscaras, pinça para apanhar objetos, balança para pesar o lixo (se possível); Campanhas de sensibilização de não poluição poderiam ser dinamizadas, por exemplo em escolas e lares de idosos de forma a aumentar a sensibilização ambiental e civismo; Existem ao longo do passadiço, alguns moradores que afetam e são diretamente afetados pela proximidade do rio às suas casas/terrenos. No caso destes cidadãos creio ser indispensável saber como acham que são afetados pelo rio e como usufruem do mesmo. É também importante falar com estes cidadãos e sensibiliza‐los a proteger o rio o melhor que possam, pelo menos não o poluindo. Queria também chamar a atenção de que ao longo do passadiço existem terrenos que se encontram infestados com erva‐das‐pampas (Cortaderia selloana), uma planta invasora que aumenta a incidência de alergias na população humana e que têm um caracter invasor bastante forte. Não creio que o orçamento disponibilizado chegue para abordar o controlo destas plantas, contudo, queria chamar a atenção para esta problemática. Queria ainda fazer notar que algumas destas áreas, futuramente e após uma ação de controlo e reabilitação poderiam constituir áreas de refúgio para a fauna e flora silvestre e/ou áreas de uso público (ex: parque para cães, parque de estacionamento de bicicletas, parque infantil, parque recreativo, etc).

Proponente: Maria Inês Cardoso de Sousa Silva.

0
0
0
s2smodern